Marcondes dos Ramos Santos Filho

Atuei como tutor voluntário no curso de extensão Formação em Educação em Direitos Humanos, promovido pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), entre agosto e dezembro de 2024. Minha função envolveu o acompanhamento pedagógico das cursistas, a mediação das atividades na plataforma virtual e a facilitação do engajamento no ambiente de aprendizagem, especialmente no Grupo B, composto integralmente por professoras da educação básica. Entre as atribuições desempenhadas, destaco a realização de acolhimento inicial e suporte contínuo, utilizando estratégias como contato individualizado, criação de canais de comunicação via WhatsApp e e-mail, e monitoramento das atividades na plataforma digital do curso. Participei de reuniões semanais com a equipe de coordenação e demais tutores, discutindo estratégias para aprimorar o suporte aos cursistas e reduzir a evasão. Além disso, engajei-me na mediação de encontros síncronos e no estímulo à participação ativa nas atividades avaliativas. A experiência possibilitou o desenvolvimento de habilidades de mediação educacional, gestão de grupos em ambientes virtuais de aprendizagem e práticas pedagógicas voltadas para a Educação em Direitos Humanos. O contato direto com as cursistas permitiu compreender os desafios enfrentados por educadores no cotidiano escolar e contribuiu para a minha formação acadêmica e profissional, reforçando a importância de metodologias humanizadoras e dialógicas no ensino.

O Conservatório Leão do Norte é uma instituição educacional comprometida com a integração da música no contexto da educação popular, priorizando uma abordagem pedagógica humanizadora fundamentada nos princípios libertadores de Paulo Freire. Diferente de modelos tradicionais que frequentemente enfatizam apenas a técnica e perpetuam relações hierárquicas rígidas, o Conservatório busca oferecer uma formação musical integral, promovendo valores como dignidade humana, justiça social e respeito à diversidade. A instituição foi criada com o propósito de romper paradigmas, construindo um espaço educacional inclusivo, acolhedor e pautado no diálogo, onde educandos, educadores e responsáveis compartilham uma convivência dinâmica e transformadora. A prática pedagógica do Conservatório Leão do Norte alia elementos do Método Suzuki, que enfatiza o aprendizado gradual, o envolvimento emocional e o estímulo ao prazer em tocar música, com os fundamentos da pedagogia crítica freireana, que incentiva a autonomia, o pensamento crítico e a conscientização social. Essa combinação resulta em uma metodologia única, adaptada às necessidades e realidades de cada aluno, promovendo uma experiência de aprendizado personalizada e humanizadora. Um exemplo marcante do impacto dessa abordagem foi o progresso de uma aluna que, superando barreiras técnicas e sociais, conquistou uma vaga no Conservatório Pernambucano de Música, evidenciando o potencial emancipatório desse modelo educacional. No Conservatório, as aulas vão além do ensino técnico de instrumentos como o violino. Elas incorporam um tratamento humano e adaptativo, considerando as particularidades de cada indivíduo para promover a inclusão, a autoestima e o desenvolvimento pessoal. A música não é apenas vista como uma expressão artística, mas como um veículo para a transformação social e a formação de cidadãos conscientes, críticos e engajados em suas comunidades.

Em minha trajetória acadêmica, tive o privilégio de atuar como monitor voluntário na disciplina Trabalho de Conclusão de Curso I (TCC1), sob a orientação da Professora Maria do Rosário Leitão. Ao longo de 60 horas dedicadas à monitoria, acompanhei estudantes em um dos momentos mais desafiadores e transformadores de sua formação: a construção de seus projetos de pesquisa. Minha atuação concentrou-se no apoio à elaboração de textos acadêmicos, no domínio das normas técnicas e metodológicas e no desenvolvimento das habilidades necessárias para a produção científica de excelência. Essa experiência, no entanto, foi muito além de um suporte técnico. Foi uma jornada de aprendizado mútuo, onde pude testemunhar o desabrochar de ideias e o amadurecimento do pensamento crítico. Cada orientação, cada dúvida esclarecida, representou não apenas um passo em direção à conclusão de um trabalho, mas a construção de um olhar mais reflexivo e autônomo sobre o mundo acadêmico e suas possibilidades. Contribuí, assim, não apenas para a qualificação das práticas científicas, mas para a formação de pesquisadores mais conscientes e engajados com a excelência e a ética na produção do conhecimento.